É impossível haver somente relva macia e aveludada para pisar na passagem pela vida. Os pés passariam suaves e lisos, sem calosidades e não suportariam qualquer inoportuno objeto sem se machucar muito. Ao passar não haveria necessidade de olhar atento, precaução ou atenção com a estrada, no geral, permeada de galhos caídos, pedregulhos, espinhos, lama, altos e baixos, o que vai fazendo com que haja cuidado haja preocupação ao olhar o caminho para não cair em nenhuma armadilha, haja atenção para se desviar das pedras e espinhos. Com isso os pés ficam calejados, fortes, capazes de cada vez mais suportar andar em superfícies difíceis, acidentadas e duras… Metáforas… metáforas! O fato é que, através da passagem vivencial o ser necessita, para se fortalecer e vencer a caminhada, estar forte, ter condições, ter resistência. São as experiências múltiplas, de todos os níveis, que o tornam capaz. Por isso, o caminho nunca é uma relva macia.
A maior conquista do ser é a consciência do seu papel, da sua verdadeira destinação ao estar vivendo no Planeta. É saber- se espírito a caminho da perfeição e adonar-se do seu protagonismo. Com clareza, com certeza e sobretudo, para sublinhar esta certeza, com amor!
Passa! Tudo passa! Vê, no céu, uma nuvem imensa? Espere um pouco… Olhe novamente…Onde foi? Passou. Pense nisso quando algo estiver toldando sua mente e dela tomando conta. Feche os olhos, espere um pouco… Onde foi? Passou…
Sabedoria. Palavra grande. Abrange o homem, os homens, o mundo. Mas, como ainda poucos a possuem…A sabedoria potencializa o ser, mas não o torna maior que os outros, apenas o coloca no mesmo patamar, pois que potencializa a todos. Reconhece o ser como irmão e os outros como seus irmãos. Torna o mundo uma família, uma grande, a grande família. Como poucos ainda se colocam nesta família! Onde está a sabedoria?
Ao abrir uma fresta na janela, vê-se uma nesga de paisagem. Essa paisagem vai se tornando cada vez mais visível em sua amplitude, sobretudo à medida que a janela vai sendo pouco a pouco aberta. É assim a relação entre a busca e o encontro, a inteligência e o entendimento, o pensamento e a compreensão. À medida da abertura da consciência, a realidade vai se apresentando, se alargando, se expandindo. É preciso, pois, buscar com inteligência, através do pensamento, encontrar o entendimento, a compreensão. Abrindo a consciência cada vez mais, a realidade surge cada vez maior, mas clara e nítida, apresentando ao ser a verdade sobre a vida, a verdadeira vida!
Quanto há ainda para saber? A grande verdade é que os séculos e séculos de vida planetária não deram ao homem a conquista de tudo sobre a sua existência. Nada que seja tido como regra ou como história, adotada ou aceita por todos, a não ser as coisas todas sobre a vida da Terra que são sabidas: nascimento e morte. Já os eventos imateriais, que perpassam os tempos, não são unanimidade e nem preocupação como foco de estudo. Vê-se ainda a preocupação com a busca incessante dos homens por matéria, poder, dinheiro, absolutamente descartados ao final da vida. Quando não se dar conta do quanto há ainda para saber? Quando vão buscar as respostas?
É a escuridão da prova que faz acender a luz. É dureza da prova que traz a força. É a dificuldade da prova que desperta a inteligência. É a incoerência da prova que desperta a sensibilidade. O ser é despertado, iluminado, fortalecido, experimentado, sensibilizado. O ser é acordado e impulsionado através das tarefas evolutivas, as provas, os exercícios que encontra e precisa transpor na sua vida. Nada é trazido sem um motivo, sem uma atribuição, por acaso. Tudo está exatamente exercendo o papel que foi programado! Pense nisso!