As horas não são valorizadas como devem ser. O homem passa pela vida e, no afã de viver a vida, acaba se envolvendo de tal forma na matéria que gasta seu tempo, na maioria das vezes sem pensar. Não valoriza o tempo, não prioriza valores e chega até a nem refletir sobre isto. As grandes crises que são trazidas à Terra são provenientes desta completa alienação. Vem pelo descaso com uma postura condizente com a proposta evolutiva que traz energias densas, pressionantes, que como “ultimatum,” tentam provocar as mudanças de atitudes, através da angústia, do desafio e do medo. Tentam fazer com que o homem valorize as horas, os dias, o tempo que passa neste Planeta, pensando com consciência sobre as relações dele com a vida, com a sua vida em termos de propósito e objetivo. O básico, que até aqui tem sido relegado ao ínfimo plano, mas que hoje é “sine qua non” para a ascensão à Nova Era da Terra! Pense nisto!
Andar… andar… De olhos fechados é temerário. Não há noção de onde pisa, dos obstáculos do caminho, dos outros que transitam. Tudo pode acontecer: tropeços, quedas, esbarrões e até acidentes mais graves. O transitar pela vida de olhos fechados é igualmente temerário e imprevisível. Os seres precisam se dar conta disso e do quão perigoso é vendar sua visão na caminhada existencial, onde abrir os olhos significa ter a clareza de perceber a vida como a grande e infinita jornada, na qual este trecho de estrada, como a Terrena, é realmente apenas um pedaço. Uma instância, das tantas necessárias a cada um, para cumprir suas tarefas evolutivas que o encaminham à luz, ao encontro da perfeição. Abrir os olhos é ver, com lucidez, como contornar com amor todos os percalços, todos os encontros e desencontros, todos os desafios, as quedas, os acidentes. Como andar e atravessar com segurança a estrada da vivência planetária!
Não é preciso carregar culpa por toda a vida. Às vezes nem há motivo real. O ser, por vezes, é o algoz de si mesmo, trazendo para si as consequências de tudo o que não deu certo como esperava. Calma! O Criador foi claro: Ama o próximo como a ti mesmo! Ao refletir sobre isso e fazer uma justa análise da situação, não raro o ser descobre-se isento desta culpa que corroía seu coração! Orar e pensar sobre sua vida à luz a palavra do Pai é, sem dúvida, a orientação correta. Oração e reflexão!
Mais uma vez há ameaça sobre a Terra de um grave conflito entre países. Conflito este bastante agravado pelas condições tecnológicas que a humanidade alcançou. A um simples toque as explosões atômicas podem dizimar países, quiçá continentes. O mundo criado para ser um lugar de provas e expiações, com condições de oferecer aos seres espaços e oportunidades para o crescimento, para a aprendizagem, para o resgate de suas tarefas acumuladas, não realizadas ou malfeitas, enfim, para sua evolução espiritual, após séculos e séculos de existência mostra-se assim. Mostra-se em extremo atraso, onde irmãos batem-se contra irmãos, ocasionando destruição, mutilação e extermínio. O que aprenderam os homens sobre a vida? Sobre o amor? Parece que ainda não aprenderam nada!
Quantos seres têm fé? Quantos entendem o que é ter fé? É sentimento íntimo, pessoal, individual. É certeza, é convicção e é forte, é firme. Pode haver períodos difíceis, cujos ventos causam turbulência, tentam envergar os galhos da árvore. Mas sua consistência não se deixa abalar. Quantos seres têm fé? Quantos entendem o que é ter fé? Saber, ter certeza, não ver. A fé é este grande sentimento que quando se torna verdadeiro é sagrado. Nada o abate, nada o detém, nada o esmorece ou enfraquece. Ao contrário, seu exercício permanente o solidifica, o faz perene e indestrutível. Felizes os que têm fé! Felizes, pois estão, com determinação e certeza, visualizando o porvir, com os olhos da alma!