Não há maior dificuldade do que aceitar as falhas e as mazelas de quem atribuímos expectativas maiores. É inevitável o choque, a decepção e, muitas vezes, a completa estupefação, ao deparar com falhas inexplicáveis e intoleráveis. Um tombo grande, quando a realidade não acompanha o grau de elevação a que as criaturas foram alçadas. Vida, exercícios cheio de exemplos dos mais diversos, que não se vão se sucedendo, mas só atingem os seres quando estão próximos dos implicados. Perdão, aceitação, tolerância e entendimento são os antídotos a possível e iminente decepção e revolta. Tudo mais difícil quando existe amor, pois a ele é agregada a tristeza. Tudo mais fácil, porém, quando este amor existe, pois é através dele que a borracha da bondade e da compreensão faz a limpeza e prepara o auxílio para não haver mais reprise de atitudes não desejadas. Vida, exercício cheio de experiências as mais diversas que sempre necessitam de amor para serem superadas e para serem substituídas por novas e salutares ações!
Depois de trabalhar exaustivo, onde o físico é extremamente exigido, é natural o cansaço. A depender da idade e das condições físicas este cansaço pode ser em maior ou menor grau, mas vai sempre existir, pelo esforço que desencadeia. Depois de uma exaustiva experiência emocional, onde há preocupação, cuidado, insegurança, em torno da saúde de um ser muito chegado, é natural o cansaço. Cansaço físico pelo acompanhamento e atendimento, e pelas condições físicas de repouso, pelas horas sem sono; e cansaço do sensível, pela angústia, pela atenção, pela indefinição. Exaustão que é natural e só não é completamente destrutiva porque há que existir sustentação. A sustentação, o que faz com que tudo seja suportável e que tudo seja encarado como uma necessária experiência: a fé. É ela e só ela que tem o poder de auxiliar e de mostrar os caminhos para a recuperação. É ela que fazem a esperança se tornar o impulso de todo o tempo para que haja descanso e refazimento. É ela, é a fé que embala o sono, acalma a alma e faz o corpo descansar. É ela que dá forças para continuar dando exemplo e levando energias boas a todos ao redor. É ela, a fé, que traz as condições para o descanso!
Orar não é apenas repetir frases feitas, orações consagradas, sem pensar nas palavras e muito menos no conteúdo destas palavras. Orar não tem definição. É a fala da alma. É o grito do coração. É o sussurro do imo do ser. Orar é mostrar o verdadeiro ser em sua mais pura verdade. É dizer ao Pai, aos anjos, à espiritualidade, o que pensa, o que precisa, que busca, de forma íntegra, de forma e isenta. Ora quem se abre ao Universo. Ora quem se despoja frente ao Criador, ora quem diz o que mais lhe dói, o que mais lhe machuca, o que mais arde em seu peito. Ora o que chora sem lágrimas, mas, se debruça humilde e com a maior humildade pede ajuda aos seus irmãos para os seus amores, pois esta é a forma de receber para si as maiores bençãos! Ora quem ama de ver
