Parece incrível, mas, é verdade. O ser que desperta vive uma dualidade. Por um lado, a visão da verdadeira vida descortina um horizonte infinito. A vida mostra o seu papel, mostra sua oportunidade e faz tudo adquirir sentido. Há integração e um sentimento ameno de pertencimento ao Cosmo! Mas, por outro lado, a conscientização do que é o Planeta hoje, e o que poderia e deveria ser, causa um sentimento dolorido de impotência e indignação. Há a visualização ampla e profunda, pois, do interior, de sua alma com suas condições e possibilidades e há a constatação ampla e extensa da trajetória dos seres no desenvolvimento exterior, nas ações e resultados até aqui registrados. Alegria e tristeza, de certa forma também motivação e entusiasmo, versus desânimo e frustração. É bem clara a definição: o ser desperto vive uma dualidade. Mas, a fé e a certeza de que há uma caminhada incessante, orientada por uma Lei do Progresso, rumo ao bem, ao amor, à luz devem estar sempre presentes!
Há que pausar. Nem sempre os seres se dão conta de que, na contínua agitação do dia a dia, o corpo e a mente ficam condicionados a correr e correr, sempre. Há que pausar, no entanto. O corpo e a mente são instrumentos para a vida efetiva. O corpo até sinaliza com mais nitidez sua necessidade de dar um tempo para o refazimento. A mente, no entanto, é mais sútil. Não se entrega com facilidade e muitas vezes vai ao extremo. Os seres maduros e equilibrados precisam ter clara essa percepção. Pausar o corpo, diminuindo o acúmulo de tarefas, cuidando do repouso e do sono. Pausar a mente, deixando de lado as preocupações e substituindo-as por leituras, orações e até outros tipos de ocupações que sejam leves e agradáveis. Ter presente que ambos, corpo e mente, são instrumentos divinos para o desempenho desta rica tarefa de viver!
Existem muitos meandros para serem entendidos na sequência dos acontecimentos da vida. A cada momento, como num jogo, movem-se os elementos e as formatações ficam totalmente diferentes, inusitadas, às vezes, e até surpreendentes. É a riqueza de oportunidades e de diversidades que formam os exercícios, os desafios e os esquemas para que haja conhecimento e aprendizagem. Com uma visão assim, clara e abrangente, fica tudo mais inteligível e muito mais consistente a teoria da vida como uma escola. As lições acontecendo, sendo trazidas no nível e na dosagem necessária a cada aluno, conforme seu estágio, seu desempenho e sua necessidade!
Às vezes os seres são surpreendidos pela demora de suas aspirações. Às vezes fazem prognósticos que fogem a realidade. A fé e a esperança sustentadas por orações intermitentes, até balançam e, por vezes, ficam por um fio. Só com maturidade e muita compreensão o tempo surge como é na realidade. O tempo pertence ao tempo de cada coisa, de cada situação, de cada momento. O tempo é o processo, é maturação, às vezes sucessão de fatos. As conclusões do tempo são imprevisíveis. Tem que dar tempo ao tempo, sempre.
Por que o amor é o sentimento maior? Porque invade o ser, porque suaviza o ser, porque fica, permanece e se reflete em tudo o que este ser realiza. É perene, imortal, infinito. Amor é amor!