Existem muitas dúvidas nos seres em relação à vida. Poucos são os que já tem a tranquilidade de estarem convictos do seu papel nessa aventura passageira, parte de uma infinita jornada. Mas, as incógnitas para muitos são fatores de angústia e insegurança. Parar, pensar, raciocinar. Sentir emoção e sensibilidade e tentar relacionar todas as ocorrências da vida material aos sentimentos, talvez seja um começo para aceitar a ideia do imaterial como parte inseparável da vida. Um bom começo para começar a viver com consciência e paz!
Não há como dizer que é fácil a gangorra da vida. Não é. Para cada ser os altos e baixos ocorrem, uns mais outros menos, mas todos experimentam. A forma inteligente de passar pelas imprevisíveis experiências vivenciais é ter a clareza de viver sabendo que tudo é necessário, que tudo tem sentido e tudo faz parte da programação que visa conhecimento e aprendizagem para evoluir. Esta consciência é fundamental para a manutenção do vigor, da vontade, da determinação. Esta consciência tem nome: fé!
Ao olhar de cima, o ser visualiza com amplitude, mas muitas vezes com a posição de superioridade. Quem olha de cima pode ser mais velho, pode se achar mais sábio, mais competente, mais dono da verdade. Não é esta a posição ideal. Pode haver sim, condições de amplitude e de clareza no olhar, mas nunca estes fatores podem ser de egocentrismo e soberba. A posição ideal é a que se reveste de empatia. Que se traduz na tentativa de entender o outro no seu viver, na sua situação, na sua condição. Que se mostra na forma de escutar, apoiar e compreender o outro. Que se desloca para caminhar lado a lado. Que se dispõe a viver o verdadeiro papel de irmão!
As palavras não são objetos materiais. As palavras, no entanto, existem aos borbotões. Soltas identificam coisas, agrupadas mostram situações, organizadas relatam fatos, isoladas podem identificar e carregar, em si, sentimentos. Pensadas são movimentos, são ondas, são energia, sutil ou densa, mas energia volátil. Ditas podem ser nuvens, pétalas, asas ou pedras, lanças, flechas. Os seres são detentores da capacidade de evocá-las, organizá-las, pensá-las, dizê-las. Quanta riqueza, quanta oportunidade, mas quanta responsabilidade! Já pensou nisto?
O olhar é a janela da alma. Frases existem que são verdadeiras sínteses da natureza humana. Mas, através do tempo se perdem, formando quase um cordel de exclamações típicas de uma época. No imaginário popular às vezes retornam, por sua poética ou por sua verdade. Pois, não é mesmo que o olhar consegue sempre mostrar o sentimento?
Caminhar com fé, apesar do entorno. Mundo tenso, natureza tensa, seres humanos tensos. No limiar da Transição, como em uma tempestade sopram os ventos da desordem, da destruição, da desarmonia, do desamor. Tempos em que só a fé, a certeza do caminho a seguir, a firmeza nos passos e na direção certa podem manter o equilíbrio. A fé é o apoio, a segurança, a certeza!
Respirar fundo, erguer a cabeça e ir em frente. Por mais que haja dificuldade, só a fé pode ter o poder de abraçar e sustentar o ser e ainda mostrar com clareza a visão de futuro, a visão da esperança!
Não há como deixar de lado as coisas materiais que são os tramites da vida da Terra. Mas a elas é preciso que se dê o devido valor, o devido lugar. O ser lúcido, o ser desperto, vive com equilíbrio os dois mundos. A cada um dando sua atenção, sabendo que ambos são úteis, necessários e imprescindíveis para a jornada evolutiva. Um como instrumento, matéria básica para experiência terrena, o outro como ideal, matéria básica para crescimento espiritual.