Há provas para todos. Ninguém passa pela vida incólume. Os níveis variam, vão das mais simples penas, vontades não satisfeitas, até as mais difíceis e assustadoras experiências de doenças e deficiências, de vícios, de litígios, de guerras que levam ao sofrimento e à morte. Este é o planeta Terra onde os seres vêm cheios de carências para resgatar, para reparar, para aprender e quiçá se aprimorar. Enganam-se os que pensam, pelos movimentos duros muitas vezes que atravessam, que são coitados, que são vítimas e que são castigados por Deus pelos trâmites que precisam passar, pelas dores que carregam, pelas situações difíceis que lhe são trazidas. Todos, na medida de suas necessidades, recebem as tarefas compatíveis, todos. Não há privilegiados. Existem apenas os que, em estágios mais adiantados, já cumpriram os exercícios mais pesados e se prestam, nesta vida a reparar arestas, a aplicar a sensibilidade conquistada, após muito trabalho, em pautas do bem e a servir. Portanto não é produtivo olhar para os lados e tecer comparações. Cada ser é único e tem uma história única. O objetivo é sempre evoluir. Cada um com as suas programações diversas, escalonadas, únicas. Planejadas por cada um, com auxílio de seus mentores espirituais!
Não é fácil viver num Planeta como a Terra. A quantidade e a diversidade de gente fazem com que haja uma Babel Universal. Não há uma língua comum, não há um pensamento comum, não existem valores comuns. Firmar-se num local fluído, sem padrões éticos firmes e seguros não é nada fácil. Onde buscar apoio para não submergir? Onde se ancorar? Onde se firmar? É preciso apenas ter fé. A fé é o que dá a cada ser a segurança e a força para o entendimento e para a sustentação. A fé é que mostra a vida na sua essência, que mesmo de roldão, sem parada, sem conjunto ou unidade consegue se mostrar como caminho, como roteiro, para na ordem sempre do bem, levar à conquista de níveis melhores na escala evolutiva. Quando há fé, há segurança, há confiança!
Por quê? Todos, mesmo os seres que já estão em patamares de maturidade espiritual que lhes permite o equilíbrio que o entendimento traz, em algum momento da sua vida, pressionados pelas inevitáveis passagens de provas se perguntam, jogam no ar do fundo da alma: Por quê? Mesmo que seja num relance, num desabafo que nasce do fundo do peito, a interrogação nasce e se faz presente. São momentos naturais que todos passam. O diferencial é o segundo após. A resposta que vem junto, que é sabida, que é inerente. Por quê? No mesmo instante o ser lúcido sabe: é preciso, é necessário e mais, é dádiva, instrumento para aprimorar, para ensinar, para crescer. Nada é sem sentido e cada um, aos poucos vai entendendo e valorizando esta passagem, com todos seus entraves, porque sabe dos porquês!
Amor. Quanto amor é preciso para conseguir aceitar, apoiar e suportar certas situações que são demoradas, que são exaustivas e que custam a mudar para melhor. Amor, muito amor e a firmeza de abraçar uma causa que foi trazida, certamente contando com as condições do ser que a aceitou. Ser cheio de amor! Apto a esta causa! A causa do amor!