180 MENSAGEM DO MESTRE
A paciência dos homens é típica dos seres do nível desse Planeta, tão ainda imperfeito.
É extremamente pequena, o seu limite é curto, e ao chegar nesse limite parece que a inconsequência passa a imperar.
Foi e está sendo um tempo longo, de cuidados e precauções frente ao perigo. Para uma experiência surpreendente e nova aos habitantes das gerações que hoje habitam este lugar, está sendo longa, pois se arrasta e não aponta ainda, com certeza, o seu término e nem se, após a vacina, a imunização será permanente ou não. Por enquanto, o tempo passa e tudo continua igual do que há meses atrás.
O vírus existe, prolifera. Os cuidados não tem porque serem afrouxados.Tudo continua igual. Há que restringir aglomerações, contatos, lugares onde haja proximidade entre as pessoas. Tudo continua igual.
Mas parece que a mente humana aciona algum mecanismo que, milagrosamente, faz desaparecer tudo que se sabe até aqui, faz ignorar as avaliações de contágio e de inoculação, faz não se dar conta dos números, que continuam impedindo hospitais e emergências de terem condições de atendimento.
O vírus não foi embora, não enfraqueceu e continua entre as pessoas.
Com todo o otimismo, que é louvável e necessário para este momento, mas entendendo que otimismo tem um olhar para a frente, tem um olhar consolador e promissor, não é portanto negação de uma realidade vivida intensa e duramente, hoje. Realidade que é sim, negada, quando os homens se despojam dos cuidados e dos aparatos de proteção, e voltam às suas rotineiras práticas, suas reuniões com amigos, suas rotinas e crenças. É provável que hajam respostas em termos de resultado, os casos crescendo, mais medo, mais angústia, tudo porque a paciência foi aquém da necessária.
Acostumado a ser “dono de si” e em consequência da exorbitação de seu “ego”, dono do mundo, egocêntrico e manipulador, o homem viu-se impotente frente a este momento. Como sempre, esbravejou, indignou, sapateou e tentou, de todas as formas como está tentando, acabar com essas alterações que tiram sua vida da normalidade.
De nada tem adiantado. Não há visivelmente, com clareza, o fim dessas situações que o vírus implementou.
O que se vê é o apelo ao homem, aos homens, para que reflitam e mudem.
Mas, para isso, a hora é esta e requer paciência. Requer muita paciência e é justamente o que está faltando. Humildade para obter paciência. Para ver-se parte de um todo e saber que, por menos que seja, é uma parte importante desse todo.
Paciência que essa maturidade traz.
Paciência de esperar, pois cada “coisa” tem um tempo certo de maturação. Com o homem não é diferente, com as situações que lhe são trazidas, também não.
Não vale a pena colocar em risco mais vidas, pela pressa, pela impaciência.
Ainda é hora de cuidado. Ainda é hora de restrições. Paciência, muita paciência!
Senhor! É importante esclarecer!
É preciso amadurecer!
É preciso ter paciência!