MENSAGEM DO MESTRE 185
É bastante difícil para as pessoas, a espera. O mundo se encarregou, ou melhor, os homens fizeram com que o mundo se tornasse um lugar de pressa.
“Não ter tempo” ficou sendo, para muitos, um jargão.
O tempo… O tempo virou artigo de luxo. Ocupado muitas vezes por translados, por locomoção, por movimentação, de um lugar a outro, numa frenética gincana diária, quase um rali. Reuniões, academia, sociedade, tudo sendo devorado e deglutido no tempo de cada um. Para muitos, o tempo voava, sem deixar espaço para nada.
A pressa, vejam só, estancou, de repente.
O tempo apareceu e os homens se esconderam, atrás de uma máscara.
E, por longos meses, deixaram de correr, de ter pressa e o tempo foi, cada vez mais, aparecendo. E a espera teve que acontecer nesse tempo, sem pressa. A pressa, agora, não adianta. Não vai resolver, até porque não está fácil resolver. Tudo depende, hoje, de uma espera. A espera de uma vacina que consiga devolver ao homem o seu tempo. O tempo de sair, o tempo de viver cada um a sua vida, do seu jeito.
Que haja a volta. Mas que não volte a pressa.
Que haja a volta, mas que o tempo seja revisto, revistado, repensado. E que a espera, esta que todos vivenciam, tenha sido pródiga em conceder o tempo, para que estas reflexões aconteçam!
Para que o mundo volte e se torne um lugar de mais maturidade e menos pressa!
Senhor! Que lição!
A pressa, a espera, o tempo!
Quanta coisa para recolocar em seu lugar!