195 MENSAGEM DO MESTRE
Há na diversidade de todos os seres, na desigualdade de situações e estágios, um traço comum muito forte: todos são espíritos oriundos de um mesmo Pai.
Isto já, por si só, poderia estabelecer algumas similaridades decorrentes e, à medida do transcorrer do tempo, pela maturação, cada vez aproximá-los mais. Esta seria a sequência natural da relação entre os seres, com o entendimento de seu parentesco cósmico.
Mas, não. Há estudos, pesquisas e muitas descobertas sobre a origem do homem, sobre sua ancestralidade em todas as eras, até aqui. A origem do Universo tem sido constantemente buscada e hipóteses, teses e algumas comprovações já atravessam zonas inimaginavelmente distantes.
A curiosidade humana tem sido favorecida por sua capacidade criativa, nas várias áreas que lhe proporcionam os conhecimentos desbravadores. O maquinário que engendrou até agora, cada vez mais se aproxima de visualizações fiéis, em tempo real. Os cálculos demonstram o quanto igualmente tem se superado, na tentativa de reprodução do cérebro, em poderosas tecnologias.
Mas, até agora tudo isso, todo esse crescimento, desenvolvimento e progresso evidentes nas coisas práticas, nas coisas palpáveis e materiais, tem lhe aproximado objetos, conteúdos, informações, visualizações, mas não tem lhe trazido o encontro às suas origens e nem o encontro verdadeiro com o outro, o ser ao seu lado, o seu igual frente à criação, o seu irmão.
Está sendo preciso nivelar toda a diversidade e a desigualdade, através da régua de uma parada compulsória frente a uma ameaça, para o homem olhar de forma mais focada, mais incisiva e detalhada para o outro, para os outros. E, de certa forma, olhar para dentro de si e fazer, com um pouco mais de tempo e de concentração, a pergunta básica que há muito se espera que faça, com responsabilidade.
Quem sou eu?
E a responsabilidade tem a ver com a curiosidade, necessária e básica, para ir em busca da resposta. Não será preciso, para isso, acessar o arsenal de conhecimentos técnicos, tecnológicos ou científicos adquiridos ao longo dos séculos que habita este Planeta.
Este estágio, alcançado nestas áreas, não é exatamente correspondente ao estágio necessário à pesquisa de sua origem. Neste ponto, estima-se que hajam, na Terra, seres capazes de ir em busca e encontrar as suas raízes. Mas, o acervo que os levará é o acervo da maturidade espiritual, a que se entende noutra dimensão, a que consegue ver além, mais longe até que as grandes conquistas humanas sobre o Cosmo.
São os que já demonstram as conquistas da alma, os que já tem “olhos de ver”.
Os que já conseguem ver a transcendência e avaliar os valores que realmente importam.
E, principalmente, conseguem saber do traço forte, o mais forte, que os une aos outros, a todos os outros: a sua origem como filho do Pai e irmão de todos os outros filhos deste Pai!
Senhor! Perdoa a demora!
Perdoa o atraso!
Ilumina nosso entendimento!