Todos os lugares tem degraus. Como assim?
Não existem lugares planos, sem nenhum aclive?
Como afirmar isto?
Os degraus existem, em todos os lugares do nosso pensar e do nosso sentir.
É uma constatação muito simples e, de tão simples, sempre ou quase sempre, despercebida.
Podemos ficar em degraus bem rasos, onde a visão é limitada e curta. Não há condições de visualizar espaços, nem saídas ou entradas de luz. São os degraus do magoar, do irritar, do machucar, do invejar, em suma, do sofrer.
Mas, à medida da ascensão, ao atingir, pouco a pouco, degraus mais altos, tudo vai ficando mais claro, a visão mais abrangente, o horizonte mais iluminado. Devagar vão surgindo novos degraus, que mostram perdão, humildade, vontade, entendimento, degraus que proporcionam um pouco de consolo.
E, assim é.
Quanto mais se consegue subir, mais vão pontuando claridades e evidências, como bondade, como respeito, como aceitação, e num crescendo, confiança e laivos de esperança trazem instantes de felicidade, trazem momentos de alegria e até podem trazer a permanência da luminosidade da fé!
Todos os lugares tem degraus, sim. Os nossos lugares, os lugares do nosso interior. Sabendo disso, cabe a cada um de nós ter a determinação consciente de escolher os degraus mais favoráveis à uma visão bem ampla de tudo, a uma situação que esteja oportunizando luz, uma luz forte e brilhante, enfim, os degraus que aproximem do amor em todas as suas formas, e da fé em sua plenitude!
Senhor! Lição a ser aprendida!
A ser praticada!
A ser valorizada!
