A dor pungente.
Pungente.
Palavra forte.
Pouco usada. Hoje usada.
É a dor do momento. É a dor que aperta, que sufoca, que dói, queima o peito.
É a dor de hoje.
Quantos precisando de atendimento, quantos precisando de cuidados, de medicação, de internação, e não tendo. A pandemia, agravando de forma impensável e rápida, superando as expectativas e as possibilidades de socorro aos necessitados.
O controle não existindo mais. A doença tomando conta, sem possibilidade de estancar sua rápida progressão.É o quadro atual, em muitos lugares.
É a força dessa prova, que vai cada vez mais apertando o cerco, e mostrando a todos a necessidade de novas conexões, novas visualizações e direções.
A dor pungente já mostra uma conquista: a da empatia. A condição de sentir a dor do outro, e orar por ele, pedir por ele. E, nesta prece, com humildade, reconhecer o quanto há que ser feito para afastar esse momento e adentrar a outro, com menos sofrimento.
Muitas dores o homem vai sentir, como esta. Elas deixarão sequelas, mas serão as molas propulsoras de todos os momentos onde seja preciso demonstrar amor, compaixão, união. Elas farão parte do homem bom, amigo, solidário, o irmão de seus irmãos, o homem do Novo Tempo!
Senhor! Auxilia Teus filhos!
Abrevia suas dores!
Abrevia o sofrer!