Camadas… Os homens conseguiram escalonar sua vivência.
A vida trivial em camadas… Camadas sempre voltadas ao fazer, ao exercer funções, ao aproveitar passeios, ao consumir, ao festejar. O advento dos meios de comunicação foi, nos últimos tempos, propulsor desta forma de vida.
Os noticiários, os programas de rádio e televisão, e por último, as várias formas de redes sociais, tornaram os homens, seres que estão constantemente ligados a uma “camada”, que poderia ser chamada de plataforma ou quem sabe “estágio”?
O fato é que os homens estão em isolamento há muito, dentro desses “guetos” que criaram e de onde recebem as informações, se conectam e reagem. Mas, não interagem. Pelo contrário, a impressão que passa é de uma profunda insensibilidade e dentro disso, uma apreciação e um gosto por coisas específicas, sem muitas condições de interação.
Pois este homem de hoje, adepto de redes e que se coloca ligado nessas “camadas” que o envolvem, que o robotizam, este homem viu o mundo engessado, no estágio de uma pandemia. E agora?
De certa forma, criou-se uma nova plataforma para aglutinar os seres, todos os seres. Não há como não migrarem, todos, a essa “nova camada”, pois que veio carregando e juntando a todos.
A vida humana cheia de fatias, conforme seus interesses, seus valores e sua diversidade, foi unida, foi comprimida por um único valor, que falou mais alto: a vida.
Os homens se juntam hoje, com um tema de todos, com um medo de todos, com uma necessidade de todos: a vida.
A vida sem camadas, a vida sem correrias, a vida sem inconsequência, a vida, só a vida. Que nessa plataforma hoje, possa deixar de ser robô. Possa pensar, de verdade.
Parar de viver na superfície e mergulhar na vida, coerente e consequente!
Senhor! Ajuda Teus filhos!
A parar de correr!
A pensar e viver conscientes!