A natureza é pródiga em oferecer imagens. A natureza é toda imagem. Mas, algumas são ricas e pródigas em favorecer metáforas. O Planeta Terra enclausurado, como uma borboleta antes de se libertar.
O Planeta Terra totalmente enleado nas cerdas de sua ignorância, de seu egoísmo, de seu materialismo, com pouco ou quase nenhum sinal de probabilidade de romper o invólucro com certa presteza.
Quanto tempo ainda engessado nas grossas fibras de insensatez, de displicência e de inconsciência? Quanto tempo sem a mínima intenção visível de romper esta casca que há séculos se cristalizou? Sinal nenhum de mudança provável. Mas, a borboleta tem que voar. Não veio para permanecer “ad infinitum” como um ser rastejante. Ventos, chuvas, sóis escaldantes, não tiveram sucesso em liberar seu voo.
Então veio algo mais forte. Digamos que um furacão ameaçador, que em várias direções castigou, judiou e com muita força e tenacidade, tentou romper, ou pelo menos arranhar, danificar, esfarrapar o casulo, para que a borboleta tenha o vislumbre de onde pode alcançar.
Para que o casulo fique para trás, no rés-do-chão, e que as asas apareçam, as cores apareçam nas asas e haja, finalmente, a conquista de um espaço amplo, vasto, imenso. O furacão ameaçador e violento está fazendo o seu papel, procurando abrir espaço para que a Terra respire e voe!
Saia do casulo, deprimente e triste da ignorância e do desamor, e se alce ao espaço da maturidade, da consciência e do amor.
E como a imagem trazida pela natureza, como uma borboleta, voe!
Senhor obrigado pelo exemplo!
Obrigado pela lição!
Obrigado pela esperança!