É árdua a caminhada, sim. Não deveria ser?
Poderia não ser tão difícil, se houvesse maior entendimento.
O homem ao nascer, vem ao completo desconhecido. Esse desconhecido é o que lhe propicia a descoberta do mundo e onde ele vai seguir.
Mas, o seu espírito não é desconhecido. É apenas esquecido.
De acordo com o desvendar das situações vividas, de acordo com o seu alcance em maturidade, vai sendo lembrado e vai buscando seus pensamentos, seus sentimentos, seus atos. Eis como surgem então as diversas formas de encarar a vida, como surgem as personalidades “boas”, “amigas”, ” irmãs” e, escalonadas, todas as formas de ser, no mundo.
Alguns já bem cedo se descobrem coerentes, equilibrados e com valores firmes. Alguns, bem cedo descobrem o amor que todos trazem. Mas, a grande maioria que estagia nesse Planeta custa a atingir o patamar da consciência. A proposta do Planeta Terra é ainda muito complexa. No mundo material e do mundo material, emergir. Mundo que é criado, organizado, elaborado para, de acordo com a época, proporcionar os elementos necessários à distração dos homens, ao favorecimento dos egos e a satisfação dos prazeres.Tudo para dificultar o nível dos exercícios propostos e assim, valorizar o esforço e a vontade.
O resultado esperado, quando alcançado, é o que se traduz por merecimento. Se os homens tivessem, desde a infância, as noções claras de haveriam de batalhar, nesse período de vida na Terra, não apenas por conseguir coisas, por terem posses, terem posição, terem sucesso, mas principalmente por serem melhores, por serem afetuosos, companheiros, realmente irmãos, é certo que tudo seria já bem mais fácil.
Houve tempo. Tiveram chances, e quantas! Mas, ao chegar no patamar onde tudo precisa se equacionar, onde não há mais como os habitantes deste Planeta ficarem parados no tempo, à mercê de suas leis e de suas estratégias que se mostram completamente ineficazes, há este momento. Literalmente, sem metáforas, os homens estão parados no tempo.
O mundo parou, para dar uma nova direção à Terra. E a caminhada está experimentando um período bem mais difícil e árduo. Foram antecipadas muitas provas, foram trazidas muitas expiações. Foi dada ao homem a dádiva da reflexão. Reflexão para levá-lo à razão.
Para fazer com que essa razão rompa o casulo da matéria e invada o cofre do sentimento, bem mais etéreo, bem mais sutil, e consiga liberar a sua mais volátil essência: o amor.
Cada dia é mais um tempo recebido para aproveitar. Para tentar adquirir, agora bem pressionados, a consciência tão essencial, tão básica, do que são feitos os homens, e para que são trazidos a estas vivências. Para que sejam lembradas as bases de amor que devem sublinhar cada passo e vão tornar, daqui para frente, bem mais fácil, bem menos sofrida, a caminhada existencial!
Senhor! Que aprendam!
A ver com clareza!
A facilitar a nossa vida!