Mais do que nunca, é tempo de oração. Mais do que nunca, é tempo de se dar conta do imaterial. É ele, e só ele, que vai ter a força necessária para a elevação dos seres.
Seres que, arraigados à matéria, teimam em não largar as teias que prendem, que subjugam e impedem qualquer movimento que os liberte. Tudo está acontecendo para propiciar esta visão e para, em consequência, impulsionar a ação.
E a humanidade, toda, posta à prova, banida de sua liberdade de ir e vir, de se juntar, de se aglomerar, por culpa de uma pandemia que veio para ensinar. Ensinar o que já tem sido trazido, há muito aos homens: a necessidade de viverem bem, de serem bons, de amarem. Mas, perderam-se no tempo as vozes, guardaram-se os escritos em prateleiras históricas, com valor comercial, esgotaram-se os poucos e marcantes exemplos que, por tempo limitado,foram valorizados, mas não seguidos.
Esta é uma forma nova de provocar a mudança, mais do que urgente. Ora, dirão, nova?
A história da Terra aponta para outros episódios semelhantes, não é a primeira vez que a humanidade é cenário de surtos epidêmicos. Mas, como este,não.
Pelo simples fato da poderosa disseminação e da capacidade de inoculação, imensa e rápida. Alastrado por todo o mundo, sem exceção. Atingimento de todo o Planeta, sem exceção.
Não há bem material, não há nada palpável que possa comprar o que hoje está sendo evidenciado, ambicionado, e perigosamente fragilizado, como a vida.
Em prol desta vida, algumas abstrações vem vindo, trazendo no seu bojo a promissora visão de que o imaterial está, finalmente, tendo valor para o homem.
Aos poucos, os homens oram.
Até sem sentir, sem frases prontas, sem receitas, eles oram. Aquela oração que vem lá do fundo, que é trazida pela insegurança, pela solidão, pela angústia, pelo desespero. Aquela oração que nem precisa e nem é expressa visível, que nasce e fica embalada e apertada no coração, tensionada num aperto de lábio, mergulhada em uma lágrima que não escorre.
Aquela oração que em sua sinceridade é pura, é pura necessidade. Neste momento, há uma troca bem clara de valores. Há uma ascendência do que faz bem, do que auxilia, do que consola, porque mostra o apoio, mostra uma luz, mostra esperança.
Orar é isto: a fala do coração. O tempo está sendo para isto: para falar com o coração, para dizer das necessidades, dizer dos anseios, dizer das vontades, dizer…dizer… E mostrar que já se tem consciência de que as “coisas” que agora, neste tempo de pandemia, são necessárias, são as coisas que sempre aos homens foram necessárias para a sua vida como habitante planetário.
Mais do que nunca, é tempo de oração.De sinceramente se integrar aos valores verdadeiros, os valores todos que devem orientar a caminhada: os valores da alma.
Senhor! Estamos aprendendo!
Queremos falar com a voz da alma!