As vezes em que os homens conseguiram maiores aproximações com o Criador foram sempre quando o amor esteve presente mas, principalmente, atuante.
O amor é. Existe em todos. O amor é latente, potencial. Mas é preciso que seja acionado, que seja despertado e demonstrado, para que sua existência impregne a energia circundante, volátil e expansiva.
Esta afirmativa, sobre o modelo de perfeição que se assemelha ao Criador e o amor, é completamente justificada pelo fato de Deus, o Criador, a Energia Maior, ser amor. Puro amor.
Através dele, o mundo vem vindo, com muitas falhas, com muitos deslizes e com muitas carências, mas vem vindo… Não conseguiram os homens com ele ilustrar e colorir sua existência na Terra, como um todo. Mas existem registros, nessa trajetória, que ficaram marcados e marcantes, como formas sagradas de amor.
E muitos, quantos houveram, que nem sequer se tem notícia, mas que na trivialidade da existência humana brotaram, existiram e marcaram a vida de humanos, fazendo com que experimentassem a sublime sensação do amor. O amor verdadeiro é suave, abrangente, acolhedor. Mas é forte, é conciso e expressivo. É capaz de embeber e de fluir.
É capaz de dar motivação, de dar alegria, de trazer necessidade de realização, na introspecção profunda do sentir. Amores existem de muitos formatos e se mostram, também, de muitas maneiras. Despertam as formas permeadas de amor, as emoções que lhes são inerentes. Muitos amam a muitos. Seres se amam. Seres amam.
Além de muitos amores serem a base e a causa de muitos seres, muitos amores podem ser traduzidos, e tem sido, por expressões humanas carregadas de beleza. Por amor, obras têm sido trazidas, através dos tempos, como o registro da alma, como o registro da busca por uma linguagem da alma, para trazer uma mensagem da alma. Alma humana, espírito iluminado que habita cada ser.
Nas artes da arquitetura, onde os homens venceram obstáculos e, sem nada de tecnologia, sem nada de maquinário, deixaram as marcas de esplendores e suntuosidades, cheios de engenhosidade e esmero.
Nas telas e nas esculturas, nos objetos, na arte mortuária, a dádiva de exibir a transcendência da beleza, brotada sem muitas interferências, sem muitas comparações ou inspirações se não as puras, provenientes de seu viver interior e de sua vontade de criar. As histórias contadas, os registros de amores em prosa são muitos, e já há muito foram registrados e alguns tornaram-se verdadeiros marcos na literatura.
Mas, é na poesia, na divagação solta, onde há a liberdade de extravasar o sentir, que a beleza explode! Parece que essa liberdade dá condição de definir todas as nuances que o amor é capaz de vestir, para mostrar beleza.
E a expressão do amor, através da música? Acordes, sonatas, sinfonias, canções populares, canções de ninar, notas que se organizam e falam, tocando direto as entranhas mais sensíveis de cada ser, provocando emoções fortes, tocantes, interiores que muitas vezes incontidas, extravasam em lágrimas. Lágrimas de emoção?
Lágrimas de amor. Do amor acionado, despertado, e por fim demonstrado.
A beleza é parte da energia sutil. A beleza essa, que emociona, que conecta, que envolve e paralisa, é energia forte, apesar de leve, e vem sempre acompanhada de amor. Amor de quem a tem, de quem a reconhece, de quem a busca, de quem a faz presença na sua vida, em todos os pensamentos, em todos os instantes.
Este é mais um tema para o qual este momento pode dedicar um tempo: Amor, beleza e perfeição.
O quanto o mundo já registrou?
O quanto o mundo se afastou?
O Novo Tempo, daqui em diante, precisa delegar ao homem a tarefa de refletir sobre isso. Muito. Numa visão retrospectiva, mas muito mais prospectiva, visando cada vez mais aproximá-lo da perfeição, através da beleza que o amor, só o amor, é capaz de trazer!
Senhor! Que se deem conta!
Do amor!
Da beleza!
Da perfeição!