Muitas civilizações diversas em diversas épocas, em diferentes lugares. Muitas línguas, muitos hábitos, tudo desigual. Mesmo assim, os homens se comunicaram e cada vez mais. Nos últimos séculos pode-se, seguramente admitir, houve um avanço inimaginável nos meios e nas formas de trocas de informação no mundo. Os avanços da humanidade nessa área encurtaram as distâncias, aproximaram para, por fim, fazer a comunicação ser instantânea, em tempo real, entre qualquer parte do mundo.
Os homens na Terra estão conectados. Não há barreiras linguísticas, não há empecilhos. Os homens na Terra estão conectados. O que quer dizer isto?
Numa descrição coerente e linguisticamente exata pode-se traduzir que estão ligados, perfilados num mesmo ambiente, integrados num mesmo pensar.
Mas não é correta essa definição para estes seres, os deste Planeta.
Os homens “conectados” na Terra, estão apenas ligados pelos meios tecnológicos de transmissão de mensagens, perfilados num mesmo ambiente. Nada mais do que isso.
Para que estivessem integrados num mesmo pensar teriam que ter avançado bem mais.
A par das conquistas da técnica e da tecnologia, teriam que ter conquistado a fluência e a consistência do sentir. Somente com essa bagagem sofisticada imaterial poderia mostrar-se em condições equivalentes aos seus feitos materiais.
Os homens conseguem em tempo real, se ouvirem, se verem e até dialogarem, mas não estão conectados. Talvez consigam, com o apressamento das aprendizagens que essa prova tem trazido. Talvez consigam, com a prática do exercício da sensibilidade e doação, encontrar algo em comum, comum a todos, para que possam se dizer “conectados”.
Quem sabe amor?
Senhor! Perdoa!
Perdoa o desequilíbrio!
Perdoa o atraso!
Perdoa a falta de conexão!
