Sem nenhuma preocupação ainda, com as razões e os motivos pelos quais estão tendo este tempo cheio de surpresas e medos, num incrível e “inesperado” episódio, muito seres continuam na superficialidade. E vão continuar, até serem tocados.
Não há medida de extensão ou de profundidade para o alcance do sensível. É totalmente individual e de acordo, não com as características das roupagens materiais e sim, com as condições evolutivas espirituais.
Muitas são as imagens que se pode lançar mão para, de certa forma, mostrar ou exemplificar o estado do espírito ainda enclausurado nas teias, nas malhas ou nas crostas da ignorância.
É preciso todo um trabalho que geralmente é longo, para desmanchar nós, cortar malhas ou dilapidar crostas, até permitir que haja a brecha que vai deixar passar a luz, a centelha que jaz em cada ser.
Este momento terreno está, com muita ênfase e de vários ângulos, tentando alcançar a todos e a todos tentando favorecer, através de inúmeras ferramentas, a que consigam uma quebra de seu isolamento, a abertura do ponto de luz que inundará sua alma.
É evidente a busca de muitos pelo imaterial, uma vez que tudo foi mudado. O ritmo é outro na Terra e, inegavelmente, os seres estão se dando conta da futilidade, da superficialidade em que estava colocada sua vida. Está havendo um tempo para reflexão, naturalmente provocado pelos acontecimentos que deixaram à mostra a vida como ela é: frágil, imprevisível, fugaz e passageira.
Mas só? Evidente que não. E, por isso sobra esperança. Esperança que todos comecem a se dar conta de que há mais. Que o espaço – tempo vivencial na Terra não é eterno, mas que o espírito que habita o corpo físico permanece quando finda a experiência terrena.
Com clareza então, assoma a realidade. Um tempo finito para quê?
Para aprender, crescer, reaprender, refazer, reviver e se dar conta de que tudo, todas as passagens visam sempre o desenvolvimento do ser. Ser bom, ser consciente, ser alguém que sabe do seu papel como ente criado à imagem de um Pai que é puro amor. E que sabe ser este o objetivo da grande e infinita caminhada.
Estes estão preocupados. Estes já sabem da sua responsabilidade para consigo. Esses estão, através deste momento tão dramático, aprendendo, refletindo, crescendo e quiçá orientando os “despreocupados”, os que alheios ainda não veem a vida como ela é, e não adotaram ainda o amor como meta.
Senhor! Ajuda teus filhos!
A despertarem!
A se iluminarem!