Estão todos hoje sentindo que a prova não foi tão passageira, que está havendo inclusive muita incerteza quanto ao seu término, face às várias modificações que o vírus vem apresentando e que tornam extremamente difícil uma previsão.
Mais uma vez o homem sente a sua fragilidade. Sente que não tem o domínio de tudo. Vê- se à frente da vulnerabilidade que supunha estaria imune. As bases não são tão firmes. As bases não estão sob o controle dos humanos.
Os seres estão à mercê de algo que nem conhecem e que não demonstra, até agora, facilidades no controle e menos ainda na erradicação. Enquanto isso, sabe se lá o que cada um pensa.
Sabe- se lá quantos estão ainda calmos e estáveis em seu emocional? E quantos descompensados, desesperados, depressivos, desanimados, e quantos desnorteados?
A insegurança coloca todos em um cenário caótico onde não há chão, nem paredes, não há nenhum elemento de apoio e sendo algo que amedronta, nem luz… O tempo passa, começa a busca por este apoio, por algum amparo, por alguma esperança.
E, acontece então o que esse extenso tempo vem trazendo em seu bojo: o pensar, o sentir, o buscar. O homem, face ao perigo, estende as mãos, tateia, em busca de algo, algo que traga o que tanto hoje lhe falta: segurança, confiança, esperança.
Estender o pensar e o sentir. Escutar- se, relembrar tudo o que já viveu e aprendeu e começar aos poucos, muito aos poucos, a se dar conta da importância da vida, da sua vida, da importância da vida dos outros, seus companheiros todos desta vida. E, se dá conta do quanto mais existe que não é palpável, mas é sensível, através desta conscientização.
Todos os sentimentos que ligam, agregam, unem, são relembrados, os que separam também. E, é nesse incrível assomar de ideias, emoções, de pensares e sentimentos, que começa a formatação do que sempre existiu, mas não era sentido nem incorporado ao universo de cada um: a verdadeira razão de tudo.
A necessidade dos seres, participando de uma experiência vivencial, serem bons, terem afeto, amor, viverem bem, terem união. Os calmos, os tranquilos, é provável que já estejam nesse patamar, vivendo a vida com entendimento e sendo assim, sabendo que há um acompanhamento espiritual que garante a paz, através da certeza da sua existência. E essa certeza chama-se fé.
A fé é convicção. A fé é amparo, apoio, segurança. Todos estão vivendo este tempo que se alastra. Que teima em se estender, que teima em permanecer no ambiente mundial, assustando e assombrando as pessoas.
Demorado, cansativo, desafiador. Vem assim, como uma pressão forte para que, na relutância, no esgotamento das forças, na exaustão, os seres se deem finalmente conta de que há mais. Há mais por trás desse vírus.
Há muito mais embutido em suas maléficas investidas. Há a proposta muito contundente de fazer com que todos abram os olhos, o coração, a alma, para a visão, para o entendimento, para a solução do impasse que a humanidade criou. Abram os olhos para o sentimento, para a necessidade de apoio de uns aos outros, através das relações simples, claras, permeadas de amor.
A fé neste amor, a certeza dessa fé, levam embora o desespero, o desânimo, a depressão. Fazem com que o ser, emergente desse longo tempo, seja maduro, seguro, e consciente de que foi mais uma vez auxiliado em sua evolução!
Senhor! Estamos cientes!
Que o tempo é o necessário!
Para o entendimento!
Para a maturidade!