Enquanto tudo se aquieta, a noite cai e todos se recolhem…, tudo para? Sabe se que não.
Às vezes, muitas vezes, é neste “simulado” silêncio que os pensamentos ecoam, que as vozes gritam sem voz, que esta força faz quase arrebentar os corpos e que as lágrimas inundam os olhos, sem a coragem de derramar.
Neste “pseudo silêncio” quando a noite cai, há um ir e vir de pensares que acordam lembranças. Perigoso acordar de lembranças, que trazem aos sem preparo, aos fracos, aos imaturos, os fantasmas do arrependimento, do mal feito, do não feito.
Mas, acordar às vezes doloroso que traz saudades envoltas em inconformismo, em revolta, em não resignação.
Os pesadelos se revestem igualmente do presente, onde tudo vem com a conotação de tragédia irreversível, de túnel sem fim e sem luz, de meandros e labirintos completamente sem saída. Assustador momento presente que envolve e que imobiliza, sem nenhuma saída aparente.
E o futuro vem a ser apenas este quadro, algo que não existe, apenas a escuridão.
Este modelo é o típico dos que “travados,” continuam vivendo no mundo e absorvendo, do mundo, sua realidade circunscrita e enclausurada, pequena, reduzida e sem espaço, sem as espaçosas opções, sem as incomensuráveis divisões da visão verdadeira de mundo.
É sim, na noite, quando tudo se aquieta, que vem pensamentos mais intensamente. Mas, se os pensamentos que chegam tentam abordagens pesadas, podem ser dispensados, trocados por mais tênues.
Se trazem sinais claros de preocupações ou arrependimentos podem ser amainados por menos rigidez, mais condescendência. E as lembranças selecionadas, as eleitas passam a ser as que trazem coisas boas, as que podem reviver o que faz bem.
O presente aparece sempre. É nele que o ser está imerso, em qualquer hora do dia.
O presente deve ser de agradecimento por todo bem que houve e que há, pois em tudo, em todas as circunstâncias há sempre, mesmo que pareça não haver.
O presente deve ser de segurança no pós vir. E este pós vir, porvir, futuro, apenas a consequência esperada de todo o bem, de toda a bondade: isto se chama fé e esperança.
Munidos de fé e esperança, todos os seres não terão medo algum da quietude da noite, onde tudo parece parar, onde o “mundo dorme”. O seu “mundo,” o mundo dos que já não estão tão imaturos, dos que já estão suficientemente conscientes para entender a grandeza da vida verdadeira em extensão e profundidade, é bem maior.
Ele vê através do seu mundo, a consistência da experiência vivencial como a formação de um “corpo de acontecimentos”, onde o processo evolutivo deve ser o contínuum das sequências.
O somatório desta incrível “aventura” pessoal de conquistas, de degraus alcançados é o que deve ser lembrado, valorizado e se tornar sempre a base para novas conquistas na escalada do bem.
Assim, não mais uma escuridão, nunca uma escuridão. Sempre uma iluminada esperança, uma clara orientação e uma certeza de novas experiências, sempre organizadas e acompanhadas com amor, com bondade, a caminho sempre da perfeição!
Senhor! Ajuda Teus filhos!
A terem maturidade!
A saberem viver bem!