É muito importante neste momento observar. Observar o entorno, observar o retorno.
É sabido que em cada vida, em cada ser, na sua a vida, algo mudou.
Não haverá como precisar o que, nem o como, nem o quanto, visto que cada ser é único e tem a primazia de sua individualidade. Mas tudo importa, e muito.
As mudanças que ocorrerem serão os indicadores dos rumos que o mundo tomará. Por isso, justifica- se a premissa de que é importante observar. A esperança que move este momento é de que haja consistência e um certo imediatismo na resposta dos homens em termos de pensamento e consequente ação.
Que haja muito rápida a sensação um tempo, onde o materialismo puro ceda lugar à razão, ao sentimento, à valorização do imaterial.
Que seja logo incorporada à vivência dos homens uma postura mais consciente que mostre a vida como valor, o outro como valor, e tudo isto seja entendido como fatores, os mais importantes a considerar na existência do Planeta.
Como isso pode ser reconhecido?
As rotinas não serão as mesmas?
Os “modus vivendi” vão se alterar?
O que se pode esperar como indicativo claro de mudança?
As rotinas é certo que vão voltar, e no conjunto, talvez não demonstrem muitas alterações visíveis a curto prazo, no entanto, a ascendência de valores outrora delegados a planos inferiores como os do sentimento pautando os pensamentos e as ações, o cuidado com eles, e a certeza de que se tornaram imprescindíveis, certamente será um indicativo.
Esta observação sugerida, para se inteirar de como está se processando o retorno pós pandemia, deve começar por cada um, se observando. Observando o que mudou em si próprio, o que era importante e deixou de ser, o que não tinha importância e agora tem. O que não podia faltar e agora é dispensável, o que era desnecessário e agora é vital.
Começando assim, há como gerir o processo, minimizando o supérfluo de agora e maximizando o que realmente, a partir da lição da pandemia, assumiu o seu lugar de valor. É na prática que essas colocações ganham sentido. Como exemplo, observar o cuidado consigo, com seu corpo, com seus pensamentos, com os outros.
Observar os sentimentos, cuidar para que estejam voltados ao bem, ao amor, observar os pensamentos para que espelhem esses sentimentos e sejam os inspiradores e as bases para as ações coerentes e equilibradas. Observar, por fim, a mudança quando à visão da vida, sua e dos que o cercam.
A vida, que a partir dessa prova de pandemia, desnudou- se mais ainda e se mostra como realmente é: uma passagem indeterminada pela experiência corpórea, para crescer, aprendendo, exercitando e praticando o bem e o amor!
Senhor! Obrigado por orientar!
Nossa observação!
Nosso foco!