Quanto tempo tem levado a humanidade neste planeta para se adonar do óbvio!
A vida, que não é palpável, é visível e sensível. A vida é um sopro, que anima, não se toma nas mãos, não é matéria. A vida é o que faz existir tudo. É o que dá forma, é o que modela, o que compõe, é o que significa.
A vida é imaterial, mas a humanidade tem se utilizado de toda essa “anima” para construir a matéria, louvar a matéria, admirar a matéria, ambicionar a matéria, priorizar a matéria, deixando completamente de lado o que, na vida, teria que ter maior significado.
Isto, pode-se argumentar, é outro estágio da evolução, estágio este que a população da Terra até agora não alcançou. Verdade. Mas qual a justificativa para este atraso?
Atraso de séculos, atraso de inúmeras e inúmeras encarnações, passagens existenciais perdidas?
Imaturidade, ignorância…Há justificativa?
Há milhares de anos adorando “Bezerros de Ouro”?
Pois, a este tempo foi dado um basta. O óbvio não será mais deixado à margem.
O Cosmos reagiu e o trouxe à tona. Deu protagonismo e colocou em evidência o impalpável, o sensível, o imaterial. O que não é matéria, coisa, está sendo lembrado e “usado”: o sentimento.
O homem precisou ver a finitude, a fragilidade da vida, a importância e a necessidade do outro, o valor da vida, o valor do outro e de si como entes, como relacionados por amor para sentir. E este sentir veio completo, veio como importante, veio como abrangente, veio como verdade.
A vida virou verdade. Verdade finita na Terra, infinita na eternidade. E hoje, o óbvio que a pandemia clareou, já faz parte de cada um. Todos já se dedicam a querer mais, o que a pandemia cortou. Mais vida, mais contatos, mais afetividade, mais amor.
O óbvio agora, vai ser trivial!
Senhor! Que haja essa verdade!
Mais sentimento!
Mais amor!