Os homens, ao longo dos tempos, foram pródigos nas palavras. As palavras serviram como narrativas da realidade. Aos poucos foram sendo enriquecidas com ideias, criadas, inventadas.
As palavras discorreram linearmente, exaltando fatos, mostrando, descrevendo situações e lugares. Mais tarde começaram a buscar, em lugares mais lúdicos, mais sensíveis, as formas de editar as mensagens.
A poesia apareceu como se a estética precisasse de um outro modo, como se os sentimentos precisassem ser expressos de múltiplos jeitos que tivessem mais força ou que pudessem ser protagonistas claros da emoção, de maneiras peculiares.
Cada coisa, ao longo da vida do humano, do seu desenvolvimento, é uma longa e rica história. E, cada palavra, em cada língua, em cada lugar, é indicativa de coisa, ação ou sentimento.
Mas, algumas palavras são extremamente ricas e tem, no seu significado, a abrangência do mundo. Uma delas é: sagrado.
O que é sagrado?
De onde vem este vernáculo?
E o que, realmente, é sua significação?
Pode-se dizer que algo é sagrado por ser intocável? Imutável? Por ser poderoso, por ser divino? Quem dá as definições ao sagrado? O que faz algo ser sagrado?
Sagrado é, na verdade, uma palavra de difícil interpretação, frente às necessidades de tradução dos seres humanos, seres habituados a versões fáceis, comparáveis e palpáveis. Mas, sagrado refere-se ao que não se abarca com as mãos, mas ao que se envolve com o coração. Sagrado é o Criador e sua criação.
Sagrado é o amor e o que o amor recolhe em sua abrangência. Sagrado é o que cada ser elege com amor, para manter consigo como valor, como importante, como perene.
Difícil definir sagrado, mas é muito lindo entender, compreender, eleger, viver e sentir o que é sagrado, no lugar do sagrado, no coração!
Senhor! Obrigado!
Pela reflexão!
Pela palavra!
Pelo sagrado!