Há muita dor na sensibilidade. Os seres que são mais grosseiros, mais rudes, mais fechados em sua forma de pensar, os que têm pensamentos arraigados, sem margem, nenhuma flexibilidade ou abertura, ficam como que blindados em suas convicções, sem a chance de serem tocados por qualquer emoção mais sutil. Vivem dentro de um casulo, de uma couraça.
Os sentimentos não fazem parte, pelo menos não aparecem, como parte de sua conjuntura. Fortes, impávidos, parecem passar pela vida sem sofrer, sem se deixar abater, ainda que pelo caminho possam deixar marcas de sofrimento. Os sensíveis… Ah! os sensíveis…Os sensíveis já subiram um degrau. Já conseguem ser mais mansos, mais abertos, mais tolerantes.
Voam com a imaginação, alcançam muito longe com o pensamento e se tocam, sempre, com o carinho, com a bondade. Os sensíveis amam, e por amor, sentem o outro. São empáticos, se alegram e choram. E sofrem muito.
As lágrimas jorram, nem sempre visíveis e aos borbotões, mas jorram na profundidade do sentir. Há muita dor na sensibilidade. Mas, há um mundo descortinado onde tudo é palpável na emoção, tudo é acontecimento vivido, notado, aproveitado e reaproveitado.
O sensível não desperdiça nenhuma sensação. Tudo é armazenado, guardado, aquisição e elemento precioso para o seu crescimento emocional, para a sua sabedoria espiritual. A dor na sensibilidade, se bem analisada, é amor. O sofrimento vem do amor, por amor, pelo amor. Há muita dor, na sensibilidade, porque há muito amor, na sensibilidade.
Senhor! Obrigado!
Mais uma lição!
Uma lição sobre o amor!