A claridade começa a acontecer. Os raios luminosos aparecem e já se fazem sentir, na luz que banha tudo. Cenas da natureza?
Sim, mas não da paisagem que ela traz, através de suas águas, de seus verdes, de seus céus e sóis. Cena da natureza humana. A claridade que começa acontecer é a lucidez do entendimento. Os raios luminosos são as compreensões, as noções sobre a vida e as “coisas da vida”, que finalmente estão aclarando.
Foi preciso, no entanto, que houvesse a escuridão, o breu quase que infindável de ignorância ser confrontado com os valores esquecidos, com as verdades obscurecidas por seres que não tinham a menor vontade de ver. Isso foi feito, por um bom tempo… E, ainda que já tivessem acontecido vários chamados, em muitos momentos pontuais da humanidade para que os homens acordassem, olhassem, entendessem, se organizassem para andar na direção certa, ainda que também que, em momentos pontuais, o cerco houvesse sido apertado para forçar esse direcionamento, não havia ainda tido uma ressonância, uma resposta tão positiva como agora.
Pois, o tempo foi obrigado a aparecer vestido de grilhões, trazendo visões de vida e de morte, e visões onde estampou a fragilidade e a impermanência da vida. O escuro…, o breu…, o silêncio. E, é neste silêncio, nessa escuridão, que agora tênue, ainda fraca, mas real, a primeira luminosidade dá sinal: O entendimento, que o pensar e o refletir foram forçados a trazer.
O homem começa então, hoje, finalmente a clarear sua mente para ver “as coisas” que não via. As “coisas da vida” que estavam escondidas, guardadas no coração de cada um, no coração do Mundo!
Senhor que a claridade assuma!
Todos nós!
Todo o nosso coração!