As fontes que existem para que o homem se abasteça não pertencem ao visível, ao palpável, à matéria. Fazem parte do sutil e invisível mundo imaterial, sensível e interior.
Mundo que sempre acompanha os seres, pois que faz parte de sua natureza, mas, que ainda não mereceu até agora, malgrado séculos e séculos de experiências terrenas, a atenção e a primazia que lhe são devidas.
Tudo o que até hoje, depois de tanto tempo habitando este Planeta, o homem conseguiu inventar, descobrir, construir, e que apresenta a face e a visão do lugar chamado Terra, são frutos de seu trabalho intelectual e criativo. Em alguns lugares incrível, em outros deslumbrante. Em alguns momentos, inimaginável, quando sai fora do circuito atmosférico e voa pelo espaço, na busca de outros planetas. Ou quando se debruça e se aprofunda na ciência, e prolonga vidas. Inteligência, inventividade, trabalho, em busca de excelência em muitas áreas. Eis o homem vitorioso, ao limiar deste tempo, deste século!
Vitorioso? Haverá tanto mérito, quando do alto de edificações, imensas e suntuosas, se visualizam seres sem teto? Se visualizam seres morrendo, sem água, sem comida, sem roupa? Vitorioso? Se o cuidado nos detalhes, nos minúsculos elementos que compõem cada sistema tecnológico foi preciso, mas o entorno, o espaço Planetário, a casa que o abriga, queima, inunda, vira lixo, é depredado e consumido, sem dó nem piedade?
Vitorioso? Se a parte racional, a inteligência, foi toda canalizada para produzir, gerir benesses materiais, coisas, lucros, não importando, para isso, o descaso, o desleixo com outro lado, o do sentimento?
Vitorioso? Vendo a vida como uma competição, em toda e qualquer área, e com isso, continuando a guerra incessante por poder, supremacia, ganância, gerando guerras, destruição e morte? Não, não há vitória alguma.
O Planeta Terra sofre hoje o chamado “choque de realidade”, quando, encurralado entre o passado e o futuro, vê se num momento de extrema gravidade: o momento da tomada de consciência. Da reflexão profunda, da avaliação do que foi, do que deveria ter sido e, finalmente, do que terá que ser.
Toda a energia empregada no avanço intelectual terá que ter agora a sua correspondência, no avanço espiritual. O atraso, evidente, terá que ser notado e terá que ser contabilizado. Terá que gerar novos pensamentos, equacionamentos, novos direcionamentos.
Não será possível, é claro, apagar o passado, nem mesmo remendá-lo.
Tudo o que hoje se vê, e se vive, é a consequência deste passado, com culminâncias da produção material humana, e com as deficiências e os atrasos na produção imaterial da humanidade. É preciso, então, gerar energias mais limpas, energias carregadas de sentimentos bons, que imprimam, uma visão de Planeta, organizada, cuidadosa, zelosa, consciente.
Que imprimam uma visão de homem, parte e partícipe deste Planeta, célula integrante da grande família universal, em consequência, tendo um parentesco filial com o Criador. É preciso buscar a vitória, no recomeço de um Novo Tempo, com o equilíbrio que hoje é urgente.
Com a atenção e a prática ao sentimento, ao lado espiritual, à união entre os seres, ao amor entre todos, que têm que ser reconhecidos, finalmente, como irmãos!
Senhor! Quanta paciência!
Quanto apoio!
Quanto amor!