Mais um tempo e a devastação causada por este vírus vai passar.
Totalmente? Haverão resquícios? Haverão reincidências?
Talvez ainda demore um pouco, para a completa erradicação. Até porque a falibilidade humana é grande e sua memória muito curta.
É preciso sim, que seja lembrado por um tempo este episódio, para que persista, nas mudanças favoráveis que houverem acontecido, em decorrência da experiência assustadora e dramática. É preciso que o susto permaneça na lembrança, como um indicador de fragilidade e, em consequência, quiçá como um provocador da humildade.
Ser humilde…, grande dificuldade aos homens.
O fato de materializar-se humano dá a muitos a sensação de poder. Sentem-se donos e senhores do mundo, indestrutíveis e perene seres, a quem tudo e todos se debruçam e devem prestar obediência e homenagens. Esta prova pandêmica nivelou a todos. Todos ficaram vulneráveis. Todos precisaram se cuidar. Todos precisaram se esconder atrás de máscaras, atrás de janelas, atrás de portas.
E, também valorizou a todos, pois mostrou que todos são necessários a todos. Aos poucos todos vão retornar às atividades, mas é importante que humildade não saia da memória. Que não seja apagada a sensação de que ninguém é maior do que o outro, de que ninguém é senhor na vida, ou da vida.
Todos são simples seres, estagiários na Terra, para aprender sobre tudo, pois que não são sábios, não dominam o conhecimento. Todos são simples almas, que na Terra são iguais, são irmãos, e só vieram aprender isso! Senhor! Que fique a lição! Na memória! No coração!