Arrumar a casa…
Limpar a casa… armários… gavetas…
Como é difícil o desapego!
Quando se faz essas colocações, de imediato se vê a imagem nítida do ambiente e das suas partes, muitas vezes realmente necessitadas de organização ou reorganização.
Trivial, parte do cotidiano, do rotineiro, mas, também, passível de analogia.
Nestes tempos, onde a infestação de um vírus alterou a rotina, obrigando a muitos o retraimento, o isolamento, houve tempo para arrumar a casa?
Não apenas a casa externa, onde se vive e se movimenta, mas a casa interior, onde igualmente se vive e circula? Houve tempo de organizar os pensamentos, limpando os sentimentos fracos e pobres e dando uma revitalizada nos nobres e bons? Houve limpeza nos armários da alma, revisando o que é válido, o que é valor, as peças da humildade e da empatia e descartando os supérfluos da vaidade e do egoísmo? E das gavetas profundas? Foram tiradas as mágoas, os ressentimentos, aqueles guardados, escondidos em caixinhas de presente, enfeitados, disfarçados? Como é difícil o desapego!
Mas, para que haja uma vida tranquila, equilibrada, e sobretudo, serena, é imprescindível que o entorno seja acolhedor, limpo e agradável. Por isso, limpar a casa, limpar as casas, é tão importante!
Senhor! Dá-nos energia!
Para a faxina!
Para o desapego!