74 MENSAGEM DO MESTRE JEAN
MERGULHO EM SI PRÓPRIO
Os dias se sucedem e, a cada ser da Terra, sucedem os sentimentos de todas as ordens em todas as escalas. Planeta ainda palco de incontáveis e acumuladas provas e lugar de arrependimento, de refazimento e expiações. Lugar denso, pesado, que ao longo do tempo experiencial já deveria apresentar outro perfil. A simples e repetitiva jornada dos seres numa ordem bem marcada e sempre igual para todos, que inclui o nascimento, a vivência e a morte, só isso já seria motivo para outro tipo de visão da vida.
O nascer, o viver e o não mais viver já, sem dúvida, seriam razões mais que suficientes para atiçar a curiosidade humana, a ponto de impulsioná-la à busca de resposta. Alguns, a maioria talvez, procuram mas, pela displicência e pela comodidade de ater-se mais à matéria, não vão a fundo. Outros dedicam-se também, comodamente às diretrizes e orientações místicas e cheias de rituais que prometem utopias e ganhos espirituais mediante a aceitação de dogmas, à adoração de barganha com santos, num ir e vir de promessas e dízimos. A noção de pecado, pecadores, devedores faz com que haja um misto de medo e aceitação tácita por muitos, que não raro leva a obediência cega e ao fanatismo. Séculos e séculos acumulando errôneas idéias sobre si, sobre sua criação e seu destino, vendaram os olhos da humanidade.
E o simples, o natural, a experiência vital transformou-se numa maratona de perdas e ganhos, num jogo cansativo, agressivo, devastador e corrosivo. O jogo da sobrevivência, tendo por parâmetro o mundo material. Uma equação simplória mostrando a olho nú, a vida passageira, o ser nascendo desnudo e, despojado de tudo, partindo, não foi ao longo de todos esses séculos suficiente para uma conquista de consciência. Hoje mais um momento, dos muitos que se fizeram aos homens, para mais uma tentativa. Para mais uma oportunidade de ver, agora com muito mais pressão.
Quem sou?
Que vim fazer aqui?
Para onde vou?
Perguntas que ecoam fáceis, frente à fragilidade exposta, frente à inépcia das conquistas materiais, frente à atual crise, frente aos pensamentos que trazem aos borbotões sentimentos e emoções, nunca antes experimentados com tanta premência. Os dias se sucedem e nesta sucessão, sem ver ainda o sinal do término desta prova, o homem exercita sua capacidade dedutiva. É para Isto mesmo, este tempo. É para um profundo mergulho em si próprio e um extenso rever sobre esta incrível experiência de viver.
Mas, sobretudo é sim, para que haja finalmente o despontar da orientação correta para esta experiência..Um tempo para aprender, para crescer, para mudar para melhor, para exercitar a bondade, para conviver, para praticar e dar amor. Um tempo transitório, do tamanho da necessidade de cada um. Um pedaço agendado de vida, dentro do espaço de vida infinita de cada um, ser espiritual.
Senhor! Faz com que Teus filhos acordem!
Faz com que pensem, deduzam e aprendam
Faz com que se deem conta da verdade da vida!